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Medidas necessárias para aprimorar o atendimento à população na Estratégia Saúde da Família, na opin

A pesquisa QUAL A LEGITIMIDADE DA POLÍTICA PÚBLICA: o caso da atenção básica à saúde em Goiânia, aplicou questionários semi-estruturados para 19 médicos que trabalham em Centros de Saúde da Família em três Distritos Sanitários de Goiânia. Trata-se de numero significativo dos médicos da ESF Estratégia Saúde da Família nos Distritos analisados, uma vez que cada equipe de saúde possui um médico e, em média, há duas equipes por centro de saúde. A pesquisa foi realizada em cerca de com 40% dos Centros de Saúde no Distrito Noroeste e Sudoeste e em 60% no Distritos Leste (incluindo pré-teste). Trata-se de Distritos em que a ESF é mais expressiva na cidade.

Apresenta-se aqui a forma como foi efetuada a codificação (ou categorização) e análise da seguinte pergunta dos questionários dos médicos: “Sugira pelo menos quatro ações que deveriam ser desenvolvidas pelos gestores/elaboradores de forma a melhor atender a necessidade da população da ESF”.

Obteve-se 42 respostas ao todo, as quais foram inicialmente categorizadas em 21 códigos/temas diferentes na primeira fase da categorização. Com a recategorização, estes 21 códigos/temas foram reduzidos para 5, quais sejam: a) Disponibilizar medicamentos/ Equipar farmácia, b) Disponibilizar materiais básicos/Melhorar estrutura física, c) Profissionais suficientes/Valorizar profissionais/Estabelecer diálogos, d) Promover a prevenção à saúde, e) Melhorar atendimento/Atender de modo satisfatório os pacientes. As respostas desta questão, após categorização e análise, foram utilizadas na construção do indicador VMU - Verbalização de medidas para melhorar atendimento do usuário segundo o médico.

Resultados

No gráfico a seguir pode-se verificar os códigos/temas que sugiram da pergunta relacionada às principais medidas que, segundo o médico, deveriam ser adotadas para melhor atender à população.

Foram entrevistados 19 médicos, e a questão pedia que fosse indicado no mínimo quatro ações que deveriam ser desenvolvidas pelos gestores/elaboradores de forma a melhor atender a necessidade da população da ESF. A maioria dos médicos se limitou a dar duas respostas à questão, de forma que o número total de respostas dadas por todos os médicos foi de 42 respostas. Isto possivelmente deve-se ao fato do médico possuir agenda lotada, sendo o único médico na equipe, e por isto acaba sendo econômico em suas respostas ou reduzindo o número de respostas dentre as perguntas solicitadas.

De acordo com o ranking efetuado, em 1ª Lugar (12 respostas) os médicos ressaltam a necessidade de se “Disponibilizar materiais básicos/Melhorar estrutura física”, respondido por 29% Médicos. Em 2ª Lugar consideram relevante “Ter profissionais suficientes/Valorizar os profissionais/Estabelecer diálogos”, com 11 respostas ao todo, respondidas por 26% Médicos. Em 3ª Lugar, com 8 respostas e 19% Médicos, médicos assinalam a importância de se “Melhorar o atendimento/Atender de modo satisfatório os pacientes”. Já em 4º Lugar, com 7 respostas e 17% Médicos, os médicos ressaltaram a necessidade de “Disponibilizar medicamentos/ Equipar farmácia”. Por fim, em 5º lugar, com 4 respostas e 10% médicos, encontra-se a necessidade de se adotar ações de “Prevenção/promoção à/da saúde”.

Conclusões

Ao agrupar as respostas em códigos/temas observamos que os médicos priorizam como respostas problemáticas básicas ou essenciais para a implementação de uma política de saúde. Esta verbalização de medidas para melhorar atendimento do usuário, da perspectiva do médico, demostra que as intenções/interesses do médico, em relação a sua prática na atenção básica, têm se distanciado daquela concernentes aos elaboradores/gestores da política pública. Mais especificamente: esta verbalização do médico traz à luz a necessidade de se aproximar a visão do elaborador (e do político) da realidade concreta da pratica médica na atenção básica à saúde. Em épocas de eleição municipal mostra-se, assim, legítimo indagar até que ponto as propostas dos candidatos à Prefeitura de Goiânia consistem (ou não) respostas a esta verbalização de medidas necessárias na ESF segundo os médicos. estariam os candidatos dispostos, se eleitos, a se aproximarem de e dialogarem com a linha de frente da ESF?

Este trabalho de análise qualitativa (categorização) consistiu na atividade desenvolvida pela bolsista Wellida Pereira (bolsista PROBEC-UFG) dentro do projeto de de extensão "Oficinas de Políticas Públicas", associado ao projeto guarda-chuva.

Fabiana C. Saddi - FCS/UFG, coord. do POLITICA&SAUDE

Wellida Pereira - Bacharelanda em Ciências Sociais (bolsista Probec)


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